M. de Montaigne
E os pigmeus continuam a falar no sucesso do último ano lectivo, como se fosse fruto das medidas tresloucadas de quem nos governa.
Se a educação vai continuar a ser uma das prioridades do governo Sócrates e, segundo ele, "Se há uma área em que melhor se vê a força da mudança..." (jornal Público, 21 de Setembro), então os níveis de sucesso vão, sem dúvida, continuar a aumentar, a escola vai ter cada vez mais alunos, a redução do abandono escolar uma realidade, mas... aguardemos a geração vindoura.
Não é com "Magalhães", nem com quadros interactivos em todas as salas de aula do país, nem com facilitismos, nem com "massacres" à classe docente que vão conseguir convencer quem pensa por si, quem ouve os exageros dos vossos auto-elogios e tem a noção do país real em que vive. A educação regrediu e resume-se, hoje, a uma filosofia absoleta e sem sentido. Venham para as escolas ensinar competências, através da "Pedagogia dos Afectos", que os professores querem aprender. Estamos abertos à mudança que tanto preconizam, mas queremos vê-los no terreno. Queremos assistir às vossas aulas. Sabem o que é "dar" uma aula?
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